Os Lusíadas de Luís de Camões ilustrados por Carlos Alberto Santos |
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A
imagem correspondente a esta estância perdeu-se
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18-
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Mas, enquanto
este tempo passa lento
de regerdes os povos, que o desejam, dai vós favor ao novo atrevimento, para que estes meus versos vossos sejam; e vereis ir cortando o salso argento os vossos argonautas, por que vejam que são vistos de vós no mar irado, e costumai-vos já a ser invocado. |
salso
argento- salgado e cor de prata, as espumosas ondas do mar;
argonautas- navegantes (de Argos, nome do navio do mítico herói Jasão); costumai-vos já a ser invocado- Camões parece sugerir uma prática (talvez meramente elogiosa) de invocar o nome do rei em momentos de perigo. |
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19-
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Já
no largo oceano navegavam, as inquietas ondas apartando; os ventos brandamente respiravam, das naus as velas côncavas inchando; da branca escuma os mares se mostravam cobertos, onde as proas vão cortando as marítimas águas consagradas, que do gado de Proteu são cortadas. |
Proteu- divindade marinha, guardadora dos seres do mar. | |
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