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FROM POETRY (read about
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ENDECHAS A UMA ESCRAVA CHAMADA BÁRBARA (de Luiz de Camões) |
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Voz 1 |
Aquela cativa
Que me tem cativo, Porque nela vivo Já não quer que viva. Eu nunca vi rosa Em suaves molhos, Que para meus olhos Fosse mais formosa. |
EM
CONSTRUÇÃO
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Nem no campo
flores,
Nem no céu estrelas, Me parecem belas Como os meus amores. Rosto singular, Olhos sossegados, Pretos e cansados, Mas não de matar. |
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Uma graça
viva,
Que neles lhe mora, Pera ser senhora De quem é cativa. Pretos os cabelos, Onde o povo vão Perde opinião Que os louros são belos. |
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Pretidão
de Amor,
Tão doce a figura, Que a neve lhe jura Que trocara a cor. Leda mansidão, Que o siso acompanha; Bem parece estranha, Mas bárbara não. |
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Presença
serena
Que a tormenta amansa; Nela, enfim, descansa Toda a minha pena. Esta é a cativa Que me tem cativo; E, pois nela vivo, É força que viva. |
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João
Manuel Mimoso
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2007, September
05
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