Comentários:
Este
poema substitui um outro (infeliz, na minha opinião) chamado
"Ironia" que constava das primeiras versões de
Mar Portuguez publicadas em revistas e que começava "Faz
um a casa onde outro poz a pedra/ o galego Colón de Pontevedra/
seguiu-nos para onde nós não fomos...".
Nesta forma
posterior, o poema não se refere apenas a Cristóvão
Colombo, mas a todos os navegadores estrangeiros (genericamente
e algo maldosamente chamados "Colombos") cuja glória,
diz, é apenas um reflexo da luz das descobertas portuguesas.
Sem querer
discutir a injustiça feita aos grandes navegadores italianos,
ingleses, espanhóis, franceses, holandeses e nórdicos
(para falar apenas dos ocidentais) direi apenas que, na minha
opinião, este é o poema menos interessante de Mar
Português. É, também, o único que foi
escrito em 1934 para a publicação em livro..
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